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Perse: entidades se unem contra o fim do programa
DATA: 09/02/2024
Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que, o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) poderá causar um impacto de R$ 244 bilhões por ano, que deixarão de ser injetados na economia nacional.
O estudo, elaborado pela Diretoria de Economia e Inovação (Dein) da Entidade, foi apresentado durante reunião do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, na sede da Confederação, em Brasília, na última terça-feira (6).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, enfatizou que o turismo desempenha um papel crucial no desenvolvimento do Brasil, citando o potencial transformador do setor, especialmente em regiões como o Nordeste e o Norte do país.
“O turismo pode ser um divisor de águas na melhoria das condições de vida de uma região inteira, e a resposta certa, definitivamente, não é reduzir investimentos”, afirma o presidente.
Participaram empresários do setor, representantes das Federações do Comércio de todo o País, bem como parlamentares que apoiam a causa. No encontro, as lideranças assinaram um manifesto pela retomada do programa.
Para as entidades, o Perse não é apenas um programa de apoio financeiro, mas sim uma esperança para a recuperação do setor de eventos e, consequentemente, para o fortalecimento da economia brasileira como um todo.
Os representantes ressaltam que a continuidade do Perse é fundamental para garantir a sustentabilidade das empresas, a preservação de empregos e o crescimento econômico do país em um momento de desafios sem precedentes.
Perse
O Perse, implementado pela Lei 14.148/2021, trouxe alívio aos empresários, oferecendo medidas como a redução a zero de impostos e a possibilidade de renegociar dívidas tributárias e não tributárias.
Desde o seu início, em março de 2022, o programa tem sido fundamental para a sobrevivência de muitas empresas do setor de eventos, que enfrentaram quedas significativas no faturamento durante a crise sanitária.
Em uma nota estimativa, a Receita Federal apontou perdas tributárias entre R$ 17 e R$ 32 bilhões entre 2021 e 2023 – até 13% do valor que pode deixar de circular não apenas no turismo, mas em todos os setores.